sexta-feira, 26 de abril de 2013

Resenha do livro “Café, suor e lágrimas"



O livro “Café, suor e lagrimas”, de Luiz Galdino (1994), relata o Brasil colonial em que a escravidão era algo comum. Apesar dos escravos terem uma vida sofrida e limitada, o quilombo os oferecia um ambiente familiar. Luiz Galdino relata tal coisa de maneira explicita  citando como exemplo o próprio Quilombo Vale do Paraíba, no interior de São Paulo.

Há algum tempo atrás livres e escravos foram até a divisa do Paraguai com o Brasil para lutar pela conquista de mais terras. Apos inúmeras mortes, a mais sofrida foi a do Sinhozinho, pelo menos para João Congo, escravo responsável pela proteção de seu senhor e voluntário da pátria.
O narrador observador fala que após esse fato João Congo conhece Imaculada e é ela que dá para João Congo vários conselhos, e foi com a qual ele teve um filho, e como promessa ele leva o filho Conguinho para o Quilombo.

Conguinho passou maior parte da sua vida no Quilombo convivendo com outros escravos e principalmente com Maria Andú uma garota de sua idade. Ele era uma criança um pouco mimada e era sua amiga que o chamava para o trabalho.

Os anos passavam Conguinho cresceu e com o tempo veio também a libertação dos escravos pela princesa Isabel que assinou a carta de alforria dos escravos, para serem homens livres.

Luiz Galdino consegue relacionar nesta obra o contexto histórico com os personagens fictícios. Assim ele pode mostrar para os jovens de hoje a visão dos escravos em relação a toda essa escravidão e à inibição de sua cultura.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Café, suor e lágrimas 2º resenha


Numa época onde ainda existe a escravidão, e o Brasil está em guerra com o Paraguai; João Congo, um escravo, está em uma tropa do exército, acompanhando seu Sinhozinho, um capitão. Eles estão em terras paraguaias, com grande risco de sofrer um ataque, quando isso acontece.


Com poucos suprimentos, e a maioria da tropa ferida ou morta, Coronel Camisão, que comandava aquelas pessoas, resolve abandonar os enfermos e continuar a caminhada. João congo não concordava, pois sinhozinho havia levado um tiro na perna; mas mesmo assim não desistiu; antes de todos, saiu carregando ele nas costas, mas foi seguido por uma mulher que havia conhecido anteriormente, onde estavam repousando.  Após andar um pouco,  sinhozinho já não aguentava mais, estava doente, e logo morreu. João Congo e a mulher continuaram andando e ele a entregou alguns pertences do capitão, pedindo que se, não sobrevivesse ela devia entregar ao coronel José Bento, pai do sinhozinho. O tempo passa.

Um dia, no Quilombo, Nhô Bento estava tranquilo, quando uma mulher com uma criança chega à porta, e quando é atendida, chama por ele mesmo. Ela diz que vem de longe e traz os pertences do seu filho. Ela conta toda a história, e que seu filho e João Congo estavam mortos. Ele fica confortado, pois se informa como realmente seu filho havia morrido. Satisfeito com a informação ele permite que ela se hospede o tempo que quisesse em sua casa. Ela fica lá alguns dias, mas logo vai embora, deixando o filho.
                                                                                                                                                    No quilombo, ele é criado por várias escravas, e uma delas, nhá Maroca cuida dele como mãe, e ele cria muito amor por ela. Conguinho também fica amigo de Maria Andú, filha de Quitéria, uma escrava. A vida anda, e conguinho cresce um garoto esquisito, preguiçoso, mas muito saudável. Não trabalha nas lavouras ou ajuda nas tarefas domésticas, e vive fazendo suas molecagens. O tempo se passa, e com a velhice nhá Maroca morre, e em seu túmulo nasce um ipê.
                                                                                                                                                      Na medida em que se passam os anos, muita coisa muda na economia, e coronel José Bento se encontra acabado, com a desvalorização do café. Ao saber de uma festa, que ocorreria na cidade de Mantiqueira, chamada “festa do divino” resolve ir, para se encontrar com a filha, que não via á muito tempo. Na festa, Os escravos viram várias coisas, comeram, e dormiram, para no dia seguinte voltarem ao Quilombo. Passada a noite, na manha seguinte quando iam voltar, Coronel José Bento diz a todos que irá ficar mais uns dias, à pedido da filha, e eles voltam, mas com ar de desconfiança.
                                                                                                                                                   Um ano se passa, e o coronel não volta; apenas o genro, para ver como iam as coisas, levar mantimentos, e dar noticias de um tratamento de saúde que José bento estava fazendo. Um dia um homem a cavalo chega a frente da casa , no quilombo, e grita a todos que conseguirem ouvir: “Coronel José bento está morto!” depois dessa notícia, todos se entristeceram. Através de um mascate português, ficaram sabendo que a filha do Coronel vendeu o quilombo a um capitão com fama de mal e violento com escravos, mas que no testamento de José bento, estava registrado que se ele morresse os escravos seriam libertados. O tal Capitão chega, e fala que quem quisesse ir embora iria e quem não quisesse continuava trabalhando ali. Zica, Quitéria, Dorotéia, Eusébio, Conguinho e Maria Andú vão embora com mais alguns negros , tentar a sorte. Em sua primeira noite livre, passam na fazenda do capitão Mamede, e decidem que lá ficariam Eusébio  e Maria Andú.Os outros continuam andando , até chegarem na fazenda do monjolo grande, onde ficaram trabalhando algum tempo. Conguinho observava, e compara muito a fazenda com o quilombo. Os anos se passaram, é criada a lei do sexagenário.

O Brasil Passa por mudanças, a economia também, muitas pessoas passavam por dificuldades, e os títulos perdiam o valor; ele tem noticias do quilombo e outros lugares a través de um mascate português; o Capitão que comprara o quilombo tivera muito azar, e saiu de lá, desde então faltava muita coisa, o quilombo estava em estado deplorável. Um dia, o capataz chega para as mulheres e conguinho dizendo: “podem arrumar suas coisas, pois estão livres.” Ainda ficam uma noite nessa fazenda, conversando e Conguinho dá a ideia de eles voltarem ao quilombo. No outro dia acordam, e começam a caminhada, com muita dificuldade, pois as negras estavam muito velhas. Primeiro passariam na fazenda do capitão Mamede, encontrar Maria Andú e Eusébio. Antes de chegar lá, param na fazenda do Antônio tomas, repousam e no outro dia continuam andando, fazendo várias paradas até chegarem à fazenda do capitão Mamede, lá eles se reencontram com Maria Andú, com muita alegria. Ela está grande e muito formosa; Eusébio havia saído, e não o viram. Todos unidos, foram á cozinha onde Maria preparou o jantar, comeram e conversaram, e de madrugadinha saíram todos em direção ao Quilombo; a estrada agora era plana e com menos esforço foram caminhando  até que chegaram em um lugar onde podiam ver o quilombo; muito entusiasmados, continuaram até que chegaram no paraíso. Tudo estava estranho, mas logo viram o ipê. De repente uma figura de cabelos brancos chega á porta, era Eusébio, todos se abraçam , todos ficam felizes, brincam  e aquela noite com certeza, nunca mais terminaria.