Numa
época onde ainda existe a escravidão, e o Brasil está em guerra com o Paraguai;
João Congo, um escravo, está em uma tropa do exército, acompanhando seu
Sinhozinho, um capitão. Eles estão em terras paraguaias, com grande risco de
sofrer um ataque, quando isso acontece.
Com
poucos suprimentos, e a maioria da tropa ferida ou morta, Coronel Camisão, que
comandava aquelas pessoas, resolve abandonar os enfermos e continuar a caminhada.
João congo não concordava, pois sinhozinho havia levado um tiro na perna; mas
mesmo assim não desistiu; antes de todos, saiu carregando ele nas costas, mas
foi seguido por uma mulher que havia conhecido anteriormente, onde estavam
repousando. Após andar um pouco, sinhozinho já não aguentava mais, estava
doente, e logo morreu. João Congo e a mulher continuaram andando e ele a
entregou alguns pertences do capitão, pedindo que se, não sobrevivesse ela
devia entregar ao coronel José Bento, pai do sinhozinho. O tempo passa.
Um dia,
no Quilombo, Nhô Bento estava tranquilo, quando uma mulher com uma criança
chega à porta, e quando é atendida, chama por ele mesmo. Ela diz que vem de
longe e traz os pertences do seu filho. Ela conta toda a história, e que seu
filho e João Congo estavam mortos. Ele fica confortado, pois se informa como
realmente seu filho havia morrido. Satisfeito com a informação ele permite que
ela se hospede o tempo que quisesse em sua casa. Ela fica lá alguns dias, mas
logo vai embora, deixando o filho.
No quilombo,
ele é criado por várias escravas, e uma delas, nhá Maroca cuida dele como mãe,
e ele cria muito amor por ela. Conguinho também fica amigo de Maria Andú, filha
de Quitéria, uma escrava. A vida anda, e conguinho cresce um garoto esquisito, preguiçoso,
mas muito saudável. Não trabalha nas lavouras ou ajuda nas tarefas domésticas,
e vive fazendo suas molecagens. O tempo se passa, e com a velhice nhá Maroca
morre, e em seu túmulo nasce um ipê.
Na
medida em que se passam os anos, muita coisa muda na economia, e coronel José
Bento se encontra acabado, com a desvalorização do café. Ao saber de uma festa,
que ocorreria na cidade de Mantiqueira, chamada “festa do divino” resolve ir,
para se encontrar com a filha, que não via á muito tempo. Na festa, Os escravos
viram várias coisas, comeram, e dormiram, para no dia seguinte voltarem ao
Quilombo. Passada a noite, na manha seguinte quando iam voltar, Coronel José
Bento diz a todos que irá ficar mais uns dias, à pedido da filha, e eles
voltam, mas com ar de desconfiança.
Um ano
se passa, e o coronel não volta; apenas o genro, para ver como iam as coisas,
levar mantimentos, e dar noticias de um tratamento de saúde que José bento
estava fazendo. Um dia um homem a cavalo chega a frente da casa , no quilombo,
e grita a todos que conseguirem ouvir: “Coronel José bento está morto!” depois
dessa notícia, todos se entristeceram. Através de um mascate português, ficaram
sabendo que a filha do Coronel vendeu o quilombo a um capitão com fama de mal e
violento com escravos, mas que no testamento de José bento, estava registrado
que se ele morresse os escravos seriam libertados. O tal Capitão chega, e fala
que quem quisesse ir embora iria e quem não quisesse continuava trabalhando ali.
Zica, Quitéria, Dorotéia, Eusébio, Conguinho e Maria Andú vão embora com mais alguns
negros , tentar a sorte. Em sua primeira noite livre, passam na fazenda do
capitão Mamede, e decidem que lá ficariam Eusébio e Maria Andú.Os outros continuam andando ,
até chegarem na fazenda do monjolo grande, onde ficaram trabalhando algum
tempo. Conguinho observava, e compara muito a fazenda com o quilombo. Os anos
se passaram, é criada a lei do sexagenário.
O Brasil Passa por mudanças,
a economia também, muitas pessoas passavam por dificuldades, e os títulos
perdiam o valor; ele tem noticias do quilombo e outros lugares a través de um
mascate português; o Capitão que comprara o quilombo tivera muito azar, e saiu
de lá, desde então faltava muita coisa, o quilombo estava em estado deplorável.
Um dia, o capataz chega para as mulheres e conguinho dizendo: “podem arrumar
suas coisas, pois estão livres.” Ainda ficam uma noite nessa fazenda,
conversando e Conguinho dá a ideia de eles voltarem ao quilombo. No outro dia
acordam, e começam a caminhada, com muita dificuldade, pois as negras estavam
muito velhas. Primeiro passariam na fazenda do capitão Mamede, encontrar Maria
Andú e Eusébio. Antes de chegar lá, param na fazenda do Antônio tomas, repousam
e no outro dia continuam andando, fazendo várias paradas até chegarem à fazenda
do capitão Mamede, lá eles se reencontram com Maria Andú, com muita alegria.
Ela está grande e muito formosa; Eusébio havia saído, e não o viram. Todos
unidos, foram á cozinha onde Maria preparou o jantar, comeram e conversaram, e
de madrugadinha saíram todos em direção ao Quilombo; a estrada agora era plana
e com menos esforço foram caminhando até
que chegaram em um lugar onde podiam ver o quilombo; muito entusiasmados,
continuaram até que chegaram no paraíso. Tudo estava estranho, mas logo viram o
ipê. De repente uma figura de cabelos brancos chega á porta, era Eusébio, todos
se abraçam , todos ficam felizes, brincam
e aquela noite com certeza, nunca mais terminaria.